segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Cristo de João Dias de Araújo


Meu Cristo é um Cristo vivo
Que passa levantando o pó vermelho
Nas Galileias do meu coração.
O Jesus que caminha nos meus mares;
Nas praias tropicais dos meus pezares
Nas montanhas azuis da minha solidão.
Ele entra nos meus templos orgulhosos
Empunhando o chicote de juiz.
Entra nas minhas tempestades fortes
Concedendo-me a santa diretriz.

sábado, 26 de maio de 2012

Dinastia de Jesus, de James Tabor

Muito se pode crer sobre Jesus, há os que defendem a tradicional fé cristã, há os liberais que não creem nos dogmas dvinos sobre Jesus, há até mesmo os que dizem que não há provas de que o tal personagem Jesus existiu.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Defenda sua identidade (uma análise do profeta Daniel)


O livro da Bíblia, Daniel, nos apresenta uma história de luta pela preservação das raízes de quatro jovens judeus. Quem você é, quem querem que você seja, e como você deve lutar para manter-se quem é, são ideias que podem ser apreendidas pela história de Daniel e seus amigos.
O capítulo 1 de Daniel nos mostra a invasão do império de Nabucodonosor à Jerusalém, e como ele leva 4 príncipes cativos para inculcar neles a cultura babilônica, tornando-os parte de seu reino. Essa estratégia de dominação foi muito importante para preservar o controle babilônico sobre os povos conquistados. Doutrinando os principais do povo derrotado ficaria mais fácil manter os povos submissos ao Império, levando os líderes a "vestir a camisa" do opressor extinguiria qualquer esperança de luta e libertação posterior, os "heróis" do povo já não existiriam.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Calvino e a Resistência ao Estado

Resenha pessoal do livro de SILVESTRE, Armando, editado pela Mackenzie, 2002. [ATENÇÃO ESSA RESENHA NÃO TEM CARÁTER ACADÊMICO, MAS APENAS INFORMATIVO]

A cidade de Genebra se tornou o refúgio dos protestantes na Europa do século XVI, a reforma naquela cidade provocou a derrota dos antigos líderes (o Duque de Savoy) que estavam ligados à igreja romana. O povo genebrino não mais iria se submeter a um governo tirânico. O que seria um contra-senso aceitar que Calvino, um estrangeiro teria sido um governante ditador como insistem em afirmar diversos historiadores. Contudo, este historiador se nega a repetir esse preconceito não acadêmico.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Uma questão de identidade

Apropriar-se de uma identidade é muito comum ao ser humano. Vivemos em meio a isso desde a Antiguidade até aos dias de hoje. Um exemplo dessa apropriação na Antiguidade está na Bíblia, os sacerdotes do culto de Yahweh precisavam justificar sua identidade com a tribo sacerdotal de Levi para servir a Deus no templo. Quando do retorno dos judeus do exílio babilônico, foi feita uma listagem (transcrita n livro de Esdras capítulo 2) dos judeus que regressaram, nesta faz uma distinção dos sacerdotes que comprovaram sua linhagem, e posteriormente, os sacerdotes que não comprovaram essa identidade foram vistos com menos crédito.
Essa busca de se afirmar como um descendente de determinada linha que se deseja enaltecer repete-se sempre na história. No cristianismo medieval (latino e grego) as igrejas que provam sua origem apostólica se sobrepunham sobre as outras. No islamismo os que se diziam descendentes de Maomé desejavam a liderança no islã. Na Alemanha nazista o busca pelas origens de uma raça mais pura justificava o espólio das raças menos puras.
Minha indagação é: O que é uma identidade, ou melhor, como se constrói a noção de identidade?
Na cultura de identidade a partir da Bíblia, podemos ver que isso se dava por meio de lista genealógicas. Assim como para o cristianismo, houve a preocupação de obter listas genealógicas sobre as origens de Jesus como filho do rei David e como filho de Abraão. 
Por meio de histórias passadas por parentes, assim temos outra forma de afirmação de uma cultura de identidade. Quando na infância, algumas crianças brasileiras aprenderam que seus antepassados vieram de uma mistura de índios com certos ramos europeus. 
Ainda, por meio da cor da pele ou de traços genéticos podemos buscar nossa identidade. Uma pessoa de cor negra no Brasil, obviamente acredita que descende de ex-escravos, ou os traços orientais distinguem se ela é chinesa ou tailandesa.
Outro fator da construção de uma identidade é a preservação de uma cultura, religião, comida, língua, conjunto de valores morais. Podemos enquadrar neste ponto os imigrantes que vieram ao Brasil e preservaram-se em guetos poloneses, italianos, siro-libaneses, americanos, japoneses, judeus, portugueses, ingleses etc.
Assim, a identidade é algo que não simples e claro que alguém possa definir. Não basta que a pessoa que se aproprie de uma identidade e diga que ela é de tal linhagem por critérios que ela mesma selecionou. Podemos ver, que dependendo do contexto que estamos falando, temporal, geográfico ou religioso existe diversos meios de afirmações de identidade.