terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Uma dinâmica lúdica



Bem, essa semana terei de apresentar no curso de Didática um trabalho sobre ludicidade. Então pensei em postar no blog a dinâmica lúdica que será realizado em sala de aula.
Servindo-se da arte dramática como objeto lúdico, podemos ensinar para o estudante vários assuntos, permitindo que o aluno fixe mais o assunto e interaja com os colegas e com o professor.
Esse exercício que proporei é tanto um quebra-gelo entre os estudantes e o professor, como um um trabalho de fixação de conteúdos.
A elaboração desse exercício não exige muito dos participantes, nem do professor. A ideia é usar o que se tem a volta, nada de material auxiliar muito complicado, justamente para tornar possível esse exercício em qualquer contexto, com ou sem recursos materiais, e permitir que o estudante (no caso que não seja uma criança) resgate sua capacidade infantil criativa coisa que se perde quando o indivíduo cresce. Ou mesmo, no caso do professor que ensina para crianças, que ele possa enxergar o mundo de forma igual aos seus alunos, assim como para uma criança, um sofá pode se tornar uma trincheira de guerra, um caderno pode ser um escudo, basta que o professor, haja como uma criança e veja, de fato, os objetos como partes da fantasia da imaginação, agindo desse modo, facilita a interação dele com as crianças. Usando-se o que se tem em volta, papelão, jornal, lápis e qualquer objeto que nas brincadeiras infantis torna-se algo de acordo com a criatividade infantil.
Para explicar melhor, aqui segue o exercício a ser feito na aula de Didática.

Apresenta-se um tema da história antiga:
"A conquista de César sobre Roma"
Usando os próprios alunos, escolhe-se a quantidade necessária para contar essa história:
Um aluno para interpretar César
Um para interpretar Marco Antônio
Quatro para interpretar os Soldados de César
Cinco para interpretar os Senadores
Um para interpretar Pompeu
Os demais para figurarem a População romana
Cena 1 - César, Marco Antônio e os soldados estão para voltar a Roma e cruzar o rio do Rubicão. Ajeita-se os alunos como uma tropa, todos fazendo uma mímica de como estivessem a cavalo, usando folhas de papel enroladas como se fossem as espadas dos soldados.
Risca-se com giz um rio no chão e o próprio professor passa a narrar e contar a história fazendo considerações necessárias.
[Isto pode ser feito de duas formas: o professor pode narrar os diálogos e os alunos dublam, ou o professor conta a história e após dizer "AÇÃO!!!" os alunos criam os seus diálogos de acordo com a criatividade e com o conteúdo falado anteriormente.]
Narra as intensões de César em libertar Roma dos senadores corruptos e trazer a paz ao império.
Paz que seria um mundo com ele no comando. Marco Antônio conversa com César sobre a sua intensão e sobre as possíveis consequências em ser derrotado, mas César convicto que dali não poderia mais voltar atrás, proclama: "alea jacta est" ("a sorte está lançada").
E cruza o rio com sua tropa.
Cena 2 - Em Roma, os senadores temerosos pela invasão de César, chamam Pompeu para defender Roma. Os alunos que interpretam os senadores cercam Pompeu e rogam a ele ajuda.
O aluno (Pompeu) com vontade de combater César faz a proposta de fuga da aristocracia. Os senadores, meio relutantes, aceitam.
Então todos os alunos (senadores), seguindo as recomendações de Pompeu, organizam alguns dos alunos que ficaram de fora das dramatizações para fugir (estes seriam a aristocracia romana).
Então, o professor pode explicar sobre o jogo de poder, o uso do discurso político para mobilizar as massas. Pode ainda falar sobre os regimes ditatoriais, guerras civis. Sobre o descaso com as camadas mais carentes da sociedade.
E por fim, Encerra a aula liberando os alunos com o que aprenderam, todos são liberados como se fossem fugitivos de Roma.
Podendo continuar a mesma história na próxima aula.

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