terça-feira, 15 de novembro de 2011

Educação cibernética


A bola da vez da educação antenada com os avanços da informática é a Educação à Distância (EAD). Embora esse tipo de educação seja anterior à popularização da informática e até mesmo ao surgimento da INTERNET, foi com os avanços desta que importantes orgãos de educação (Ministério da Educação e instituições particulares) deram a EAD uma atenção maior.

Não se pode negar que graças a EAD muitas pessoas que nem sequer sonhavam com um curso superior, agora podem incluir em seus currículos o "3º grau". Há aqueles que questionam a qualidade de engajamento acadêmico que tradicionalmente se requer de um estudante (grupos de estudo, debates, uniões estudantis, passeatas, sociabilidade), contudo, assim como esse tradicional engajamento é algo que um dia também começou até se firmar como prática comum, novas práticas acadêmicas que podem ser proporcionadas pela EAD, devem surgir e um dia se firmarem como tradições acadêmicas.
Não podemos ir na "contra-mão" da história e sermos pegos lutando contra os avanços que são inevitáveis, sob o risco de nos tornarmos iguais àqueles que lutaram contra a tradicional academia. O problema disto é o inerente ato de ser preconceituoso. O ser humano é criado para defender seus pontos de vista, ou os pontos de vista de outrem, e o quanto antes se perceber disto poderá se livrar dos seus preconceitos.
É muito fácil que aqueles que são adeptos da tradição acadêmica serem ferrenhos críticos para com a EAD, mas não percebem que com isso estão apenas repetindo o ato de preconceito. Seria muito mais "acadêmico" se os que apoiam a forma tradicional de educação, pensassem como se desenvolver na acadêmia, e assim proporcionar novas possibilidades de dinâmica para a EAD. Acadêmicos, não sejam repetidores de discursos políticos-partidários, mas sejam acadêmicos.

Sem comentários: