sábado, 31 de dezembro de 2011

Salvador e Lauro de Freitas (ói você errado!!!)



Este é para quem conhece as dificuldades de se morar nessas duas cidades baianas. Aqui apresentarei alguns problemas conhecidos dessas cidades e alguns sonhos de como poderia ser a facilidade de vida para o lauro de freitense e o soteropolitano. Estamos vivendo a expectativa de uma Copa do Mundo, assim, parece que fica mais evidente todos problemas das cidades, até porque nessa época se fala de projetos para solucionar as dificuldades urbanas que se não fosse esse evento mundial, a população dessas cidades continuaria padecendo sem uma alma de político propor mudanças.
Imaginemos um tour pelos pontos turísticos da Região, começando por quem vem da rodoviária, afinal, nem todo turista vem de avião, pois nem todas cidades do estado e outras próximas à Bahia possuem aeroporto. A rodoviária de Salvador possui uma entrada de carros com duas faixas, quem vai a rodoviária nos dias de feriado pode ver o engarrafamento que se forma na entrada. Para quem pega ônibus urbano, tem uma passarela que já ficou famosa por engarrafar também; reza a lenda que certa vez a polícia interditou um das descidas da passarela para possibilitar a saída de quem já estava nela (não sei como ainda não criaram uma história sobre pessoas terem despencado dela). Há também a passarela de Pituaçu na Paralela, enquanto a passarela estava sendo feita, “rolava” várias competições no estádio de Pituaçu com vários atropelamentos e várias reclamações. Não esqueço uma reportagem da TV Bahia em que o secretário municipal responsável pela obra estava com uma cara de “zangadinho” por causa das observações do repórter.
Já que falamos de transporte coletivo urbano, vamos a eles. Ônibus em Salvador e Lauro de Freitas são sempre lotados e sucateados. Ficou estigmatizado que quem anda de ônibus é pobre, assim, como o sistema não liga para o pobre, então temos um péssimo sistema de transporte. Caros, atrasados, lotados, disputando sempre o título de mais assaltos a coletivos no Brasil – e como quase sempre ganhamos, mais uma vez prova que é um sistema para pobres, pois a Secretaria de Segurança Pública não consegue resolver o problema (será que alguém pode acreditar que NÃO existe solução?). Os pontos de ônibus não tem estrutura própria, alguns sequer têm placa sinalizando que há algum ponto de ônibus.
Sobre estrutura, quem anda na rua, também é só pobre, e isso seja em bairros pobres, ou ricos; basta andar em lugares como Castelo Branco, Cajazeiras, Graça, Portão ou Vilas do Atlântico. As calçadas sempre estão esburacadas (quem nem o asfalto), faltam calçamentos, ou os particulares alteram conforme desejam a frente de sua calçada criando verdadeiros obstáculos para idosos e portadores de necessidades especiais, é por isso que aqui as pessoas costumam andar pelas ruas.
Ainda sobre estrutura, arborização! Sem contar com Vilas do Atlântico, a cidade de Lauro de Freitas, é um padecimento para ter uma sombra de árvore. Em pleno século XXI, após uma Eco-92, não há políticas públicas eficazes para plantio de árvores pela cidade, nem mesmo de coqueiros, assim, a Estrada do coco fica descaracterizada. Uma cidade quente, mesmo que amenizada pela brisa do mar, precisa pensar em trazer mais árvores para a população urbana, árvores de origem nativa, que foram comuns aqui: Canelas, Peróbas, Jequitibás, Cedros, Embaúbas, Vinháticos, Palmeiras, Paineiras, Cássias, Voquísias, Quaresmeiras, Ipês, cajazeiro, aroeira, angelim, visgueiro, embiriba etc.
Agora vem o Metrô! Menor metrô do mundo, metrô mais caro do mundo, maior roubalheira do mundo, mais preguiçoso do mundo, maior marketing eleitoral do mundo, maior desvio de dinheiro público do mundo. Agora, antes de terminar o menor do mundo, já foi aprovado o Metrô Lauro de Freitas-Salvador, para servir aos que irão assistir aos jogos da Copa. E aqui, algumas empreiteiras que lucram com a corrupção dos metrôs (em Salvador e no Brasil): Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Norberto Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão, essas empresas realizam obras particulares e públicas em todo país e no mundo, será que elas enrolam tanto o povo baiano porque o povo baiano é burro? NÃO caro leitor, elas enrolam tanto porque o político baiano é um corrupto muito inteligente!
E a educação? Seja as instituições de ensino, ou seja a educação popular, ninguém aprende nessas duas cidades a mudar a cultura de urinar na rua, sujar e depredar as ruas, praças, transportes públicos, locais turísticos etc. As escolas públicas estão sempre nos noticiários de escândalo, mas nada muda também.
E nossos pontos turísticos, e vou terminar falando deles. Vamos começar pela orla, a destruição de barracas para atender a exigência Federal de que não pode haver construções a menos de 30 metros da maré alta. Isso foi cumprido, mas ambulantes tomaram o local dos barraqueiros e agora as praias ficam mais sujas, e os antigos barraqueiros, nem todos conseguiram restabelecer seu comércio. A Lagoa de Abaeté, “no Abaeté areia e estrelas não são mais belas do que você”, isto disse Caetano a séculos atrás, pois o Abaeté do ano de 2011 é um cenário de ponto de drogas, abandono e vergonha, não se leva turista mais para ver a musica cantada por Caetano e por Caymmi.
Andemos para o centro histórico, você percebe que chegou quando sente o forte cheiro de urina nas ruelas mais escondidas, ou também nessas ruas o famoso uso de entorpecentes. Na praça da Sé encontramos a famosa cruz quebrada simbolizando a coroada vergonha baiana de destruição de seu patrimônio, quando no inicio do século XX, para construir um metrô, ”ops!”, foi mal, um bondinho, construir um bondinho! Essa mania de fazer besteria na construção de meios de transporte não tem nada de familiar do passado com o presente. Então, quando o governador Seabra decidiu construir um bondinho, DESTRUIU  a Catedral da Sé! Mas falemos do presente, do Elevador Lacerda, que vive quebrado, cá entre nós, não sabe fazer uma passarela, vai saber consertar elevador?
Descendo para Cidade-Baixa, no bairro do Comércio, local histórico, que as famosas empreiteiras estão famintas para devorar com novas construções e apagar as velhas construções que são a história da cidade, coisa parecida com o que nosso Gov. Seabra fez no passado. Ali seguindo mais naquela região, temos o Ferry-boat, parte da cultura soteropolitana de passar feriados na ilha de Itaparica. Passa-se o tempo e as melhorias prometidas para esse meio de transporte mostram-se cada vez mais prejudiciais. Depois de anos com o mesmo número DECRESCENTE de “ferrys”, vieram as novidades, Catamarã Morro de São Paulo, que era um veículo caro e que depois virou sucata. E recentemente, os “ferrys” Ivete Sangalo e o Ana Nery, “ferrys” de última geração que sempre aparecem no noticiário com acidentes (Eu diria que a Ivete foi pessimamente homenageada!).
Bem, imagino que você de Salvador e Lauro de Freitas, tem muitas coisas que gostaria de acrescer nesse post, então para me ajudar, coloque suas observações, ou críticas ao meu texto, nos comentários abaixo.

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